No rastro do cangaço
No rastro do cangaço
Dizem que “rapadura é
doce”
“E também não é mole
não”
E falando em coisa dura
Vem chegando Lampião
Dizendo que é
arretado
E difícil de
lidar
Mas seu coração
empedrado
Uma mulher foi
quebrar
Se “água é mole
e pedra é dura”...
Maria bonita já
venceu
Pois ela
descobriu a cura
Do coração que
agora é seu
Mas vamos parar
com prosa mole
Que os macacos
tão chegando
Pega as coisas e
desenrole
E acorda o resto
do bando
Que antes que dê
meio dia
Quero chegar na
cidade
E acabar com
minha agonia
Pois quero ser
autoridade
Os homens
prometeram enfim
Chamarem-me de capitão
Veja se fica bom
assim
Capitão Virgolino
Lampião
Quando agente
tiver bem longe
Quase perto do
horizonte
Quero ser bem
respeitado
Até mesmo por volantes
Só que Lampião
não sabia
Que tava sendo
enganado
Que o título lhe
custaria
Um dia ele ser
degolado
Uns dizem que
ele era justo
Outros dizem que
ele era bandido
Mas só sabe quem
morreu de susto
De ter sido seu
inimigo
Pois com punhal
bem afiado
Ele sabia bem o
que fazer
Já ia chamando
de finado
Quem fosse lhe
contradizer
Na fazenda
chamada Angicos
Sua fama se
findou
Os macacos, seus
inimigos
Com tiros lhe
acertou
Aos 28 de julho
de 38
Mataram capitão
Lampião
Depois lhe
cortaram o pescoço
Pra que servisse
de lição
Mataram também
sua amada
E mais nove
cangaceiros
Onze cabeças
degoladas
Pela volante de
João Bezerra
Parecia o fim do
cangaço
Em Lampião deram
sumiço
Mas só em 40 foi
acabado
Pela morte de Corisco
FIM
Comentários
Postar um comentário